Pesquisadores do IPC-IG foram em missão ao Burundi

Por IPC-IG
Fotos: Anaϊs Vibranovski e João Pedro Dytz

Anaϊs Vibranovski e João Pedro Dytz, pesquisadores do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG), viajaram recentemente em missão ao Burundi para coletar informações para o projeto “Evaluation and Updating of Burundi's National Social Protection Policy and Strategy”, em parceria com a Secretaria Executiva Permanente da Comissão Nacional de Proteção Social do Burundi (SEP/CNPS), o projeto Merankabandi e o projeto Redes de Segurança Social.

De 9 a 24 de março, os pesquisadores participaram de mais de 20 reuniões com representantes do Governo do Burundi e atores nacionais e internacionais envolvidos no projeto, como o Banco Mundial, o Programa Mundial de Alimentos (PMA), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Concern International. As reuniões tiveram como objetivo avaliar a estratégia da Política Nacional de Proteção Social (PNPS), além de mapear as expectativas do governo e das partes interessadas. Todas as entrevistas discutiram a ampliação da cobertura de proteção social; o fortalecimento de mecanismos e a coordenação institucional da proteção social; orçamento e espaço fiscal; e a inclusão de grupos minoritários, entre outras questões.

Os pesquisadores do IPC-IG também estiveram presentes  em um workshop sobre a atualização da PNPS.  Participaram do workshop, além das instituições internacionais mencionadas acima, representantes do Ministério Nacional de Solidariedade, Assuntos Sociais, Direitos Humanos e Gênero do Burundi; SEP/CNPS; do Merankabandi — o principal programa de transferência de renda do Burundi; e o diretor do Programa de Alimentação Escolar do Ministério da Educação Nacional e Pesquisa Científica.

Dytz e Vibranovski também conversaram com membros do Merankabandi. O programa é financiado pelo Banco Mundial e fornece transferências regulares de renda para famílias com crianças e que vivam em situação de extrema pobreza e vulnerabilidade  em áreas selecionadas do Burundi, além de fortalecer os mecanismos de entrega para o desenvolvimento de um sistema básico da rede de segurança social.

Segundo Dytz, "a missão foi boa para acompanharmos de perto o plano de ação de 10 anos, analisando o que funcionou e o que não funcionou, buscando adaptar as expectativas às realidades locais para chegarmos a um plano mais abrangente para os próximos 10 anos".

Vibranovski acrescentou: "depois de quase dois anos trabalhando remotamente para apoiar o Governo do Burundi  na área de proteção social, foi bom finalmente conhecer nossos parceiros cara a cara e ver o quanto o país conseguiu avançar até agora nesse campo".